A bondade e a gentileza são caminhos para um mundo melhor. Mas também beneficia (e muito) quem as pratica!
por Adriane Bueno
Do acordar ao dormir, neste acelerado ciclo de 24 horas ao qual denominamos “dia”, interagimos, sem nem notar, com dezenas (às vezes centenas) de pessoas. Algumas de forma mais próxima, como no ambiente de trabalho ou familiar. Outras de modo breve, em espaços de uso comum, como no metrô por exemplo. E em alguns momentos, mesmo estando em ambientes individualizados operamos coletivamente, como no trânsito.
Ao passo que interagimos com pessoas o tempo todo, precisamos delas (e vice versa) quase que com a mesma frequência. Criamos expectativas sobre o outro: que darão passagem quando dermos seta, que cederão o acento do ônibus para quem precisa, e que sejam razoáveis com as nossas falhas. Porém, pouco se reflete sobre a reciprocidade. Ora, o “eu” que espera ajuda e atenção nas situação cotidianas é o mesmo que deve ser receptivo e gentil ao ser solicitado. Então por que é tão difícil considerar as outras pessoas?
Sobre a convivência
Viver em sociedade é desafiador e complexo. Tem sido alvo de estudos há séculos, antes mesmo de Comte e Durkheim (séc. XIX), pensadores relacionados ao surgimento da Sociologia – linha de estudos estabelecida como forma de entender a sociedade e seus problemas, com um simples objetivo: evitar crises e revoltas sociais, veja só.
Da vasta cadeia de fatores que conturba a convivência entre os seres, um dos principais elementos, por essência, é a falta de empatia – capacidade de sentir o que sentiria o outro se estivesse na mesma situação.
Nossa sociedade, insanamente polarizada e centrada no indivíduo, tem perdido esse senso. As pessoas estão tão “cheias de si” que não sobra espaço algum para o outro. Esta mecânica resulta em indivíduos soberbos, com grande dificuldade em enxergar outros pontos de vista e aceitar as diferenças – o que leva a conflitos mais frequentes, gera desgaste emocional, estresse, tensão e ansiedade.
Do lado oposto, estudos comprovam que tratar as pessoas – todas elas – com respeito, gentileza e bondade, além de ajudar a tornar o mundo um lugar melhor, favorece de forma prática a vida de quem “pega leve” com os outros.
Gentileza e felicidade
Sean Achor, estudioso da felicidade, demonstrou em sua extensa pesquisa que realizar atos de gentileza e bondade aleatórios – por apenas dois minutos por dia durante vinte e um dias – possibilita treinar o cérebro para ser mais positivo.
Matérias desta natureza revelam que o cérebro positivo torna o indivíduo mais criativo, inteligente e produtivo, atributos que favorecem a qualidade de vida, aumentam as chances de sucesso no trabalho, tornam melhor a saúde e os relacionamentos.
Ou seja: utilizar a bondade e a gentileza como aliados tem o poder de melhorar drasticamente nosso próprio bem-estar, assim como o de nossas famílias, amigos, conhecidos e até estranhos.
Dentro da força de trabalho, a empatia, traduzida em gentileza, pode inspirar os funcionários a serem mais produtivos e tornar as empresas mais lucrativas (o contrário também se aplica). E no âmbito da sociedade, estes atributos positivos contribuem para menores níveis de estresse, menos violência e maior qualidade de vida a todos.
Então, seja agradável!
Mais amor, por favor!
Originalmente publicado em:
https://www.linkedin.com/pulse/reflex%C3%B5es-sobre-gentileza-adriane-bueno/
Referência:
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