2021 chega ao fim. E celebrar pra quê?

A vida é diversa e as experiências particulares determinam os registros e memórias sobre cada ano vivido, se bom ou ruim, se digno de lembrar ou de esquecer. Apesar disso, os fatos da vida coletiva escrevem-se na História através das épocas e deixam livros para serem estudados pelas gerações futuras.

O ano de 2021, em sequência ao seu anterior, quando uma pandemia mudou os rumos do mundo inteiro, foi um tempo tão repleto de fatos negativos que nos põe a pensar: afinal, o que temos pra comemorar nesta passagem de ano?

No Brasil, as pessoas ainda otimistas e completamente esperançosas, se aceitam, estão sendo diagnosticadas e medicadas: imprudência e ingenuidade em nível patológico. Quem, no entanto, “feliz da vida apesar de tudo”, procura ajuda? Contradição? Seria apenas mais uma a somar a incontáveis outras, que destaco como exemplo a “anestesia geral” do povo em aceitar pagar o preço atual do gás ou da gasolina, sem organizar-se para uma paralização nacional.

Ah! Sim, organizar-se… vê-se aí um cenário de desesperança que continuou se estabelecendo neste ano que termina: o esforço dos poderosos em desintegrar as redes  de pessoas.  e a organização das comunidades. Os ataques são muitos e veem de todas as partes, resistir é um desafio enorme. Mas é exatamente os pontos de resistência que podem e devem ser comemorados nessa virada de ano.

Que os laços que se mantiveram, sejam fortalecidos; que as conexões positivas, sejam potencializadas; que os bons encontros continuem acontecendo… É possível e saudável celebrar os laços mantidos e as conexões feitas. 2022 promete ser um ano ainda mais desafiador para todos nós. Apenas os sólidos laços afetivos e as boas conexões entre as pessoas poderão garantir às pessoas mais conscientes um Feliz Ano Novo.

Em 2022, sejamos juntos!