Na era da informação e da automação, aliar habilidades comportamentais e técnicas é exigido. Como preparar as equipes de trabalho para este desafio?

por Helô Bueno

Sabemos que a tecnologia acelerou as transformações no planeta, culminando em uma nova visão de mundo com o advento da internet. No entanto, se a história mais recente da humanidade registra a “Indústria 4.0” como o que há de mais avançado em termos de tecnologia, a lista de habilidades desejadas para o profissional que vai operá-la sugere práxis oriundas de experiências humanas remotas, que precisam ser urgentemente resgatadas.

Da lista divulgada pela World Economic Forum contendo 10 características para os profissionais sobreviverem a era da automação, a maioria está relacionada essencialmente a habilidades comportamentais: gestão de pessoas, empatia, inteligência emocional, bom senso e tomadas de decisões, negociação e flexibilidade cognitiva.

Isso nos leva a refletir… Como podemos preparar nossas equipes para enfrentarem os desafios que estão por vir? Como aprimorar o aspecto comportamental e ao mesmo tempo aproveitar os conhecimentos técnicos dos profissionais que fazem parte do time?

Questões como estas requerem respostas personalizadas, uma vez que cada empresa possui a sua própria história e contexto. O que se torna comum a todas é a urgência em buscar tais respostas e planejar ações com objetividade, pois o futuro não espera: está nascendo neste presente momento!

Desenvolvendo as habilidades necessárias

Nos dias de hoje, onde contrata-se pelas habilidades técnicas e demite-se pelas comportamentais, o desenvolvimento da inteligência emocional começa a se tornar tão relevante quanto o conhecimento na área de atuação.

É possível manter um ambiente harmonioso na empresa, de forma que ela gere satisfação enquanto alcança suas metas de produtividade. Para isso, porém, é necessário que os seus colaboradores desenvolvam um nível de inteligência emocional que dê suporte aos seus relacionamentos, uma vez que em ambientes colaborativos o desempenho se torna mais satisfatório.

A era da Indústria 4.0 requer humanos mais conscientes dos seus sentimentos, de suas necessidades e da importância de uma comunicação mais efetiva para a construção de um ambiente de trabalho positivo, facilitador da criatividade e da produtividade.

O desafio é que este tipo de conhecimento, infelizmente, não é ensinado nas escolas ou faculdades. Em raros casos, encontram-se no mercado colaboradores “prontos”, que detenham tanto o conhecimento técnico como a habilidade de promover – e manter – harmonia e coesão em sua equipe de trabalho.

É preciso agilizar esse processo de (re)educação emocional, pois a transformação do ambiente ocorre por meio de experiências e reflexões, e isso leva mais tempo para estabelecer-se do que se dá o avanço tecnológico.

Cada indivíduo reconstrói-se em seu próprio ritmo, porém, a vontade de que isso aconteça só é possível a partir da tomada de consciência sobre o fato de que sua forma de se comunicar pode evoluir com pequenas e estratégicas mudanças de atitude e modos de se expressar.

Para que a tal tomada de consciência se dê, treinamentos especializados devem ser realizados a partir de exercícios práticos, que auxiliem a pessoa a refletir e compreender a importância da empatia na construção e manutenção de bons relacionamentos, sem os quais o conhecimento técnico engessa-se e a eficiência da equipe se desestabiliza em relação ao propósito da empresa.

Cultura de incentivo ao aprendizado emocional contínuo

Após treinar a equipe atual, deve-se considerar que novos profissionais virão a fazer parte dos times já estruturados, motivo pelo qual só a formação dos colaboradores pode não ser suficiente para manter ao longo do tempo a estabilidade da harmonia no ambiente de trabalho. Cabe à empresa buscar, então, a estruturação de programas internos de longo prazo com este objetivo.

Tais programas devem abordar os pilares para uma comunicação mais eficaz, a geração de feedbacks, campanhas e atividades para favorecimento do relacionamento interpessoal, entre outros, transformando profundamente a cultura da organização. O know-how para implementação de programas como este começa a ser oferecido por consultores atentos a esta necessidade do mercado.

Tendo conscientizado os seus colaboradores e incorporado o tema na cultura organizacional, a empresa pode seguir o seu caminho com segurança, podendo dedicar a sua atenção aos aspectos mais urgentes de seu negócio, e solidificar-se no mercado rumo ao futuro.

 


 

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